29 de agosto de 2019

Especial Entrevista com Valeska de Gracia

Valeska (Fotos: Arquivo Pessoal VG)
Sou apenas um ser que procura, acima de tudo, seguir o seu coração, com a legítima intenção de superar e transcender limitações, se aceitando como um ser em eterna e plena expansão”, nos diz Valeska de Gracia, uma terapeuta conectada com o mais profundo interior do ser humano. Assino embaixo, devemos todos buscar essa plenitude de agigantamento espiritual. Falando nisso, se bateu a curiosidade pra saber mais sobre essa boa curitibana (que hoje mora no Estado de São Paulo) e sobre o seu trabalho, ela nos conta tudo agora.

BLOG – Por qual prisma vê o desenvolvimento do seu tipo de psicoterapia no Brasil?
VALESKA DE GRACIA – A psicoterapia holística é, como o nome sugere, bem mais abrangente do que a psicoterapia formal. Na verdade, seria até mais conveniente chamá-la de terapia holística, para não haver confusão com a formação acadêmica em Psicologia. O meu tipo de terapia é a holística, sendo que associo diversos tipos de técnicas e métodos integrativos, com o intuito de perceber e tratar o ser em sua totalidade, onde o foco é o indivíduo, não a doença. Uso a Astrologia como meu principal veículo de observação do ser humano, das suas dificuldades e reais necessidades, sendo a terapia floral o suporte imprescindível para todo o processo que será desencadeado a partir dessa consultoria comigo. Vejo que agora este tipo de trabalho mais holístico está começando a ser valorizado no Brasil, e o preconceito sendo abrandado pelo crescente interesse das pessoas por esses tipos de terapias integrativas, na medida em que estão obtendo bons resultados com os mesmos. Lembrando que a terapia holística trabalha ao lado das psicoterapias e tratamentos médicos convencionais, não concorrendo de forma alguma com esses, pelo contrário: só vem a somar, para uma melhor qualidade de vida em todos os níveis. Nesse trabalho que desenvolvo em específico, a Astrologia, associada ao Tarô e à terapia floral, são, sem dúvida, as ferramentas que promovem um método original e eficiente.
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Vida é cuidar do lado espiritual e do meio ambiente
BLOG – Por que esse campo de atuação profissional?
VALESKA – Sempre tive facilidade para observar profundamente as pessoas e, de algum modo, saber aquilo que precisam para se tornarem o melhor daquilo que são, mas não sabem como fazer. Perceber o além do óbvio foi o que me levou cedo na vida a fazer o que faço. Muita sensibilidade carregada de profunda empatia com tudo que vibra energeticamente, seja humano, animal, vegetal ou mineral, precisava ser bem administrada por mim, ou sofreria as consequências disso de uma forma nem sempre agradável. Os cursos na área de humanas, os métodos alternativos de cura e os oráculos usados como acesso terapêutico, foram a maneira que encontrei de organizar e direcionar essa capacidade, para melhor auxiliar os que sentissem afinidade com o método que ofereço nesse trabalho.

BLOG – Há um paciente, em especial, que necessite mais desse modo de psicoterapia?
VALESKA – Diria que não há exatamente um paciente em especial que necessite, mas, sim, aquele que se identifica mais com essa forma de abordagem e que, consequentemente, se beneficia mais por esse motivo. A consultoria astrológica e terapêutica que ofereço está disponível para as pessoas que queiram verdadeiramente investigar bloqueios e despertar talentos, sem receio de ir mais profundamente rumo a um autoconhecimento revelador, curando, fortalecendo e restaurando o ser em seus mais caros intentos, enquanto seres humanos conscientes neste planeta. Todos temos uma missão e quando estamos cumprindo o que nos propomos, estaremos mais felizes e saudáveis. Essa é a função desse trabalho, colocar a pessoa em seus trilhos de forma lúcida e segura.
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No olhar, a segurança de si mesma
BLOG – O que mais pode nos dizer sobre sua profissão?
VALESKA – É uma profissão que requer muita disposição e destreza para não se deixar levar pelas falsas aparências, sabendo que por detrás do mais belo sorriso pode haver muita dor. Para seguir esse caminho de agente transformador, você precisa ver o outro como irmão, sem esquecer que ele nem sempre saberá expressar seu sofrimento e que você será o tradutor daquilo que lhe dói, mostrando que o grande curador mora dentro de cada um de nós, e não fora. Não é o médico, nem o remédio quem cura, mas, sim, a própria pessoa a si mesma. O terapeuta será o sujeito que irá evidenciar isso a ele.

BLOG – A EcoVila de São Pedro? Amor pela natureza, totalmente?
VALESKA – Total! A natureza é nossa essência primordial, somos unos com a natureza, muito embora esqueçamos. O ser humano e os reinos da natureza estão intrinsicamente ligados através dos cinco elementos (Fogo, Terra, Ar, Água e Éter a quintessência cósmica), não há absolutamente nada que não faça parte do Todo na natureza. Seguindo esse raciocínio, a Ecovila de São Pedro se manifestou em uma tentativa, diria até poética, de lembrar às pessoas que, em essência, “somos todos um”, com o planeta e com tudo que o enaltece ou assola, que todo mal ou bem que seja feito, irá repercutir em toda a forma de vida existente. Esse projeto é e sempre será um chamado do grande espírito que nos habita, para aquilo que, de fato, é importante neste momento planetário, é a consciência de que nossa postura deve estar condizente com o bem-estar de todos os seres sem distinção de espécie, gênero, cor, ou seja, lá o que for que divida, aparte, corrompa. Estar em harmonia plena em si mesmo é o princípio básico para se estar em paz com a natureza e tudo que nela exista. A natureza é nosso útero primevo, nossa mãe fértil e abundante, impossível não protegê-la e amá-la profundamente.
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EcoVila de São Pedro
BLOG – Nosso bate-bola! O mundo precisa de mais...?
VALESKA – Tolerância em nome do amor.

BLOG – Celebridade, tem?
VALESKA – Elvis Presley.

BLOG – Escritor(a) e um livro que lhe fez bem?
VALESKA – Florbela Espanca. Já o livro, é “O Poder do Agora”, de Eckhart Tolle.

BLOG – Ator e/ou atriz?
VALESKA – Meryl Streep, Morgan Freeman.

BLOG – Novela marcante? Pode ser antiga.
VALESKA – “Saramandaia”, de Dias Gomes.

BLOG – Filme, algum?
VALESKA – Só um? Tenho alguns... mas “Matrix” me marcou bastante.

BLOG – Você é uma bela mulher! Beleza, pra você, portanto, simboliza...?
VALESKA – Originalidade.
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Com o filho Mateus
BLOG – Um ou mais programas de TV aos quais assiste.
VALESKA – Não assisto à TV aberta. Na fechada, filmes variados.

BLOG – Destino turístico de encantar os olhos!
VALESKA – Ilhas Gregas. Santorini, mais especificamente.

BLOG – Cantor e/ou cantora?
VALESKA – Sade Adu.

BLOG – Música?
VALESKA – “Sonata ao Luar”, Beethoven.

BLOG – Perfume, cor e uma comida irresistível para a Valeska de Gracia!
VALESKA – Perfume de flor, cheiro de chuva e cor de céu ao entardecer. A comida, risotos.

BLOG – Tem um hobby?
VALESKA – Colecionar pedras, penas e sementes que encontro pelo caminho.

BLOG – Mania, há?
VALESKA – De bicho, não vivo sem ter alguns por perto! Gatos especialmente.
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Animais: um love
BLOG – Na sua visão, o que vem a ser felicidade?
VALESKA – Liberdade de ser o que se é.

BLOG – Qual o melhor presente que o ser humano pode se dar a cada dia?
VALESKA – Aceitação de si mesmo.

BLOG – Valeska de Gracia por Valeska de Gracia?
VALESKA – Um ser que “está mulher” nessa atual jornada e gosta disso por toda a complexidade que isso significa. Uma pessoa que sabe que somos muito mais do que supomos e muito melhores do que imaginamos. Agradecida por todas as dádivas da vida, especialmente pelo meu filho Mateus, meu companheiro de jornada Haroldo (Botta, o ator), minha família e amigos, incluindo os de pelos, claro!
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Com o esposo Haroldo Botta
BLOG – Sua mensagem super do Bem a todos que a aplaudem como pessoa e profissional!
VALESKA – Tudo se inicia a partir do centro, do núcleo do ser. Consciente disso, respeite-se dentro de um contexto amoroso: somente o amor próprio incondicional abrirá a possibilidade de amor pleno e absoluto ao próximo. Sempre Vitória aos Seres de Boa Vontade! Feliz jornada! Beijos de Luz Cósmica.

Valeska de Gracia.

Para contactar Valeska, EM SEU CONSULTÓRIO.
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Uma Luz no Rio de Janeiro
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22 de agosto de 2019

Teatro: Sylvia Bandeira é Marlene Dietrich

(Fotos: Antônio Guerreiro/Divulgação)

Marlene Dietrich – As Pernas do Século” retorna aos palcos a partir do dia 13 de setembro, indo até 6 de outubro, no Teatro Prudential, Rio de Janeiro, com Sylvia Bandeira na pele da atriz e cantora alemã. Tanto teens quanto adultos são seduzidos por meio do texto, das músicas, das interpretações memoráveis; da emoção que emana deste conjunto. Na nossa ENTREVISTA ESPECIAL, Sylvia nos conta mais sobre esse exímio espetáculo biográfico que não se pode perder, acompanhe...

IZAN SANT – Feliz e/ou com aquele frio na barriga, mesmo sendo a superatriz que é?
SYLVIA BANDEIRA – O frio na barriga existe sempre. Feliz, sim, de estar exercitando o que sei fazer, que é atuar, sinto imenso prazer com esse trabalho que tem encantado e emocionado um público das mais diversas idades. E também jamais vou me sentir “superatriz”, senão deixo de ser atriz e fico colhendo ilusórios louros.

IZAN – Interpretar Marlene é um grande desafio, pois ela era bem à frente do seu tempo.
SYLVIA – É impressionante como passado um século, ela continua absolutamente moderna e antenada na coerência da vida que levou.

IZAN – Iniciar o espetáculo vivendo a personagem aos 90 anos e ir rejuvenescendo, isto é muito interessante. Como foi seu laboratório, neste sentido?
SYLVIA – O nosso diretor William Pereira me fez entender a lentidão dos movimentos na idade avançada, num trabalho de filigrana.

IZAN – Figurino, cenário, atuação elogiados ao quadrado. Sem modéstia, o que representa para você tais avaliações?
SYLVIA – Mais do que os elogios, o que mais nos encanta é dar prazer, é o aplauso e o entusiasmo do público.
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IZAN – Há algum ritual que faz antes da maquiagem, de se vestir ou de entrar no palco?
SYLVIA – Os atores e músicos ficam de mãos dadas e fazemos uma corrente de energia, nos desejando mutuamente muita sorte e foco. 

IZAN – Sylvia Bandeira e Marlene Dietrich: ao menos, uma semelhança.
SYLVIA – Temos muito em comum e, claro, muitas diferenças. Difícil destacar apenas uma. Quem sabe o fato de que sou brasileira e tenho a malemolência do latino-americano, e ela, de origem germânica, tem uma certa rigidez de alguns países europeus.

IZAN – Uma frase de Dietrich que jamais esquecerá?
SYLVIA – São tantas, difícil escolher. Talvez quando, no final do espetáculo, ela diz “No fundo, sou apenas um traço no quadro da vida”.

IZAN – Para quem ainda não assistiu ao espetáculo, o que poderá esperar dele?
SYLVIA – Assistir a um painel rico do século XX, através da história de vida da Marlene Dietrich, que viveu intensamente.

Você, que reside na Cidade Maravilhosa ou estará nela em setembro e outubro, não perca de se emocionar com “Marlene Dietrich As Pernas do Século”, é curta temporada, fica a dica Papo de Bem.  

Relembre um dos adoráveis trabalhos da Sylvia em novelas clicando aqui

O livro da atriz ao seu alcance:
Mamãe costura e esta noite vou te ver

Sylvia, mais uma vez, no visual da Marlene
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18 de agosto de 2019

O multiartista Victor Maia

(Fotos: Bianca Oliveira, Gustavo Bakr e Marco Rodrigues)

Série “Boas Entrevistas em Flashback”

"Sou um cara hiperativo, muito exigente, metódico com meu trabalho e bagunceiro dentro de casa. Canceriano; logo, apaixonado. 3D, como me chamam alguns amigos, e extremamente fiel a todos eles", assim se define, em parte, o jovem Victor Maia. Ator formado pela UniRio, bailarino, cantor e coreógrafo nascido num 17 de julho.
Dono de outros personagens e do Ethan da antológica comédia “Ou Tudo ou Nada”, profissional respeitado devido aos musicais dos quais participou, ora atuando, ora codirigindo ou coreografando, seu principal lema é: “Eu preciso levar alegria e prazer às pessoas”.
Quanto a você, ganhe um pouco desses manjares, pois, com o Victor, na EXCLUSIVA ENTREVISTA.
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Ensaio Fotográfico
IZAN SANT – Como é seu dia, com tantas boas tarefas a desempenhar?
VICTOR MAIA – Meu dia é muito corrido. Acordo e vou correndo à academia para malhar e correr. Pro meu dia-a-dia, preciso estar fisicamente preparado e pro meu trabalho, mais ainda. Saio da academia e ou vou aos Estúdios Globo ensaiar as coreografias que monto para o “Caldeirão do Huck” ou para as gravações do mesmo programa. Depois corro para o CEFTEM, Escola de Formação para Atores em Teatro Musical, onde dou aula de dança e cumpro minha função como professor. E ainda preciso conciliar com as aulas de canto e estudos paralelos. De verdade... eu amo fazer tudo isso. Tenho muito prazer em realizar todas essas atividades, mas, de fato, o palco é o gozo! É lá que respiro feliz e aliviado por estar basicamente realizando aquilo que venho me preparando há anos para fazer.
IZAN – O convite para Ou Tudo ou Nada”, deu-se...?
VICTOR – Através dos produtores Eduardo Bakr e Tadeu Aguiar, que também dirigiu o espetáculo. Eu já havia trabalhado com eles em outros musicais e eles acharam que o Ethan, meu personagem, seria bem defendido por mim, porque além de ser um personagem comigo, exigia um trabalho de corpo muito forte. Não à toa me tacava no chão 7 vezes por sessão e não podia me machucar.
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Um dos bons saltos do Ethan
IZAN – Ethan está eterno na mente das pessoas que assistiram à peça. Pode defini-lo, mas dentro do seu ponto de vista exato?
VICTOR – Ele não sabia exatamente como, mas ele queria participar daquele espetáculo de alguma forma. Era um cara que ficou desempregado e realizava pequenas atividades para se manter com algum dinheiro, como encanador, pintor... mas depois que assistiu ao “Cantando na Chuva”, onde viu o ator Donald O'conner realizar um salto mortal coreografado pelas paredes, decidiu que queria fazer igual. Sempre quis ser um bailarino, mas não tinha o menor jeito pra dança. Quando ficou sabendo do show de strip-tease, decidiu ir até lá e se voluntariar para participar, e, por mais que não tivesse dotes artísticos, possuía um dote essencial para a nova atividade: um imenso pênis. Assim sendo, ele ia, ao longo da peça, descobrindo suas novas habilidades e uma paixão improvável dentro daquele sexteto. Ele era um cara que tava pra jogo. E não via a hora de se despir literal e metaforicamente.
IZAN – O inusitado Prêmio de Melhor Ator Coadjuvante do 4o. Botequim Cultural de Teatro pelo seu desempenho com esse personagem. Muita emoção?
VICTOR – Realmente eu não esperava, inesquecível. O Ethan, dos 6 protagonistas, era o que tinha a menor participação. Então a indicação e, sucessivamente, o prêmio, vieram como uma prova de que, mesmo sendo menor a participação, realizei um grande trabalho. Fiquei muito feliz.

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Nudez de 50 segundos do personagem
IZAN – A nudez lá pelo meio da peça e a nudez do final, tirou de letra?
VICTOR – Não foi fácil. Nenhuma delas. Ficar pelado requer coragem. É um desafio à vaidade. Mostrar tudo para a plateia e para os colegas de cena foi algo para o qual precisei ir me preparando psicologicamente durante o processo de ensaio. A coragem veio vindo. Não que eu tenha problema com meu corpo ou coisa parecida. Pelo contrário. Sou superbem resolvido e satisfeito. Mas ainda assim era preciso encontrar uma motivação para ficar peladão e assumir-se ali, na frente das pessoas, como viemos ao mundo. E, de todo o caso, a obra foi muito bem escrita, então a nudez não é gratuita. Faz parte do contexto. Desse modo me sentia protegido para fazer as cenas. Atualmente, confesso que adorava e, se pudesse, faria a peça toda pelado.
IZAN – Qual a cena mais feliz de Ou Tudo ou Nada?
VICTOR – Eu amo muito, até hoje, quatro cenas: a primeira, onde eu me apresentava aos personagens e à plateia, me tacava nas paredes, tirava a calça e saía contratado pelo grupo; a cena em que todos os protagonistas faziam o primeiro ensaio sem roupa, uns na frente dos outros e era um constrangimento só; a cena que cantava um dueto com o André Dias, no momento em que estávamos enterrando a mãe do personagem dele, que acabara de falecer; e, por fim, a última cena, onde fazíamos o grande show, momento mais esperado do espetáculo.
Ethan "policial"
IZAN – Trabalhos que mais adorou ter feito?
VICTOR – Antes do “Ou Tudo Ou Nada”, três trabalhos ficaram marcados na minha vida: “Quase Normal” (“Next to Normal”), musical americano montado no Brasil, também pelo Tadeu Aguiar, que me rendeu duas indicações a prêmio de melhor ator coadjuvante; “The Book of Mormon”, montado pela UNIRIO, que tive a sorte de coreografar e protagonizar nas últimas temporadas e era um deleite fazer mil e duzentas pessoas rirem todos os dias; e “O Meu Sangue Ferve Por Você”, musical que produzi e atuei ao lado de quatro amigos-atores-cantores maravilhosos, que começou despretensiosamente e teve uma carreira longa de quatro anos e meio!
IZAN – Tadeu Aguiar como diretor, nota e justificativa.
VICTOR - Não dá pra dar uma nota ao Tadeu porque, a cada dia, ele merece uma. Ele é um diretor generoso, ansioso, franco, bem-humorado e prático. Já trabalho com ele há cinco anos e posso dizer que cada vez que o encontro num projeto, ele está diferente. E é sempre uma deliciosa aventura trabalhar com ele. Ele esbanja amor por teatro e isso é contagiante. Conheço poucos homens tão guerreiros e corajosos quanto ele no ofício. Tadeu não deixa que a dificuldade do país destrua seu sonho e seu objetivo. Ele vai lá e faz. Ele, magicamente, dá um jeito e o espetáculo sai. É uma inspiração. Um verdadeiro empreendedor apaixonado e, ouso dizer, bem-sucedido.

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Novamente, Ensaio
IZAN – Beleza, para você, simboliza...?
VICTOR – Sinceridade, honestidade e essência. Tudo aquilo que é essencial e verdadeiro é belo.
IZAN – Paz de espírito é...?
VICTOR – Consciência limpa e tranquila.
IZAN – Melhor novela e seu novelista favorito?
VICTOR – “Tieta” e “Avenida Brasil”. Novelista, João Emanuel Carneiro.
IZAN – Seu passatempo predileto?
VICTOR – Cantar é meu passatempo. Canto o dia todo. No estúdio que tenho em casa ou no chuveiro, tomando banho, ou no carro, indo pra algum lugar.
IZAN – Os colegas de trabalho, em Ou Tudo ou Nada...?
VICTOR – Excelentes. O que a plateia assistiu no palco foi um reflexo dos bastidores. Éramos muito parceiros fora de cena, bem-humorados, brincalhões e nos dávamos muito suporte. Viramos uma família. Aliás, a gente ficava mais pelado na frente uns dos outros do que nas nossas casas para nossas famílias. Isso denota um grau de intimidade assustador.
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Sensualidade à flor da pele
IZAN – Em uma cena, na casa do Harold, o Ethan se entusiasmou ao mais alto grau, dizendo “Ai, meu Deus, quanta parede!...”. Um dos fracos dele, como sabemos, era se jogar em paredes. Muito treino, a fim de fazer algo que impressionou tanto o público?
VICTOR – Na infância e adolescência eu fazia muita luta. Fiz anos de judô e capoeira, o que me ensinou a cair no chão sem me machucar. O ballet me trouxe uma outra consciência corporal. Para interpretar o Ethan, precisei juntar toda essa experiência, me preparar fisicamente com uma personal trainer na academia e conversei com dublês na TV Globo, pra descobrir algumas técnicas.
IZAN – Mas, quanto às “paredes” da vida real hoje, no Brasil?
VICTOR – As paredes do mundo moderno são infinitamente mais complicadas... Damos com a cara na parede várias vezes, entramos em caminhos que achamos que é o seguro e pimba!, lá está a parede no final desse caminho numa via sem saída. Precisamos voltar e começar tudo do zero. Mas são essas experiências que nos definem como homens, formam nosso caráter e nos fazem lutar por paredes menos rígidas. O lance é não encostar nelas e cochilar.

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Protegendo-se bem - "Ou Tudo ou Nada"
IZAN – Victor Maia por Victor Maia?
VICTOR – Além do que já falei na introdução, sou louco pela minha família. Sou pavio curto quando testam a minha paciência e me faltam com o respeito, principalmente dentro do meio profissional. Ético até o último segundo. Gosto de fazer todo mundo rir o tempo todo e preciso de alguém que me peça para parar, senão sou capaz de não desligar nunca mais. Rezo diariamente para que o dia tenha 36 horas para eu conseguir dar conta de realizar todos os meus sonhos.
IZAN – Mensagem super do Bem ao público admirador do seu trabalho.
VICTOR – 
Todo esforço diário que faço é para executar um bom trabalho e fazer o coração das pessoas que me acompanham bater de felicidade. Não vivo sem o palco e sem o espectador. Enquanto vocês que me admiram estiverem ali para ver o recado que tenho para dar, independente do que eu esteja vivendo, estarei lá para me renovar e curar minhas dores. O palco é o melhor prontuário; o público, o melhor remédio. Obrigado a todos que torcem por mim. Estou aqui por vocês e para vocês. Evoé!
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8 de agosto de 2019

Oficina direcionada a vários profissionais

Veja, durante a entrevista, por que é importante para você!

IZAN SANT - Você, que é uma superatriz, Priscila, que viveu a Suely, da novela "A Lei do Amor", nos diz por que este workshop é interessante, efetivamente, para diversos profissionais. Qual o objetivo?
PRISCILA CAMARGO - Realizo, já há mais de 12 anos, essa Oficina, onde transmito um método de Contar Histórias através de uma vivência com os Contos Tradicionais. É para adultos e jovens, a partir de 14 anos. Com este método, as pessoas entram em contato profundo com as Histórias, trabalhando de forma criativa, em grupo e individualmente, e aprendem maneiras de se Contar bem uma história, a partir desse trabalho interno e sensorial, trabalhando com metáforas, arquétipos e símbolos.

IZAN - Agora, sim: a quais profissionais interessa a Oficina?

PRISCILA -  Antes, quero falar que descobrindo os sentidos profundos das Histórias, o Contador tem a possibilidade de provocar insights em quem as escuta. Mas o trabalho tem que ser primeiro nele mesmo. Indico a todos: atores e não atoresA quem já conta histórias e quem quer contarProfessores, estudantes, psicólogos, terapeutas, advogados,  aposentadosProfissionais das áreas de Exatas e lidam muito com computador, também se beneficiarão dessa atividade lúdicaque é endereçada àqueles que querem se reciclar e colocar mais alma em tudo o que fazem, além de aprenderem sobre essa Antiga Arte de Contar Histórias!

IZAN - Em meu ponto de vista, é algo muito valioso.

PRISCILA - É uma oportunidade também de se conhecer, além de aprender algo que pode beneficiar a todos: quem conta e quem ouve! O endereço é Avenida Gabriel, 462, Itaim Bibi, São Paulo/SP. Espero vocês lá, um beijo!

E-mail: contato@celiahelena.com.br


(Foto gentilmente cedida 

pela atriz e contadora de Histórias)
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