23 de agosto de 2020

Flashback: "Boa Saudade"

Avenida Boa Viagem | anos dourados (Foto: Reprodução/Fundação Joaquim Nabuco)

Ah, eu com uma máquina do tempo!
Voltaria ao Recife feliz do passado!
Curtiria a praia de Boa Viagem
sentindo o cheiro saudável do ontem;
do quando os edifícios, à beira-mar,
eram modestos casarões caiados...
Apaixonados pelas águas límpidas
e os belos calhambeques dos homens.
Homens de alma pura, palavras doces,
gestos mais humildes, mais educados.
Mas não há máquina, só a saudade.

Do que não vivi; saudade aos montes!

Av. Boa Viagem (Meados do século XX) 
Nas terras doadas em 1707 por Baltazar da Costa Passos e sua Esposa Ana de Araújo Costa ao Padre Leandro de Carvalho, foi construída uma Igreja que hoje é conhecida como Igreja de Boa Viagem. O nome Boa Viagem foi atribuído à imagem de Maria Santíssima como protetora dos pescadores, nas viagens pelos mares e que alcançassem o sucesso almejado nas pescarias.
A povoação de Boa Viagem teve início no século XVII devido à existência de vendas que existiam no local, servindo também como descanso para os viajantes que passavam por ali provindos do litoral sul de Pernambuco. Com a construção da avenida, em 1924, a praia começou a ser mais frequentada, tornando o local bem atrativo para quem pretendia veranear e até mesmo servir de moradia aos novos habitantes da região. Diversas casas foram construídas à beira-mar, tornando aquela área ainda mais procurada.
Para selar de vez como atração turística e uma excelente opção de veraneio para o povo recifense e de outras regiões, também foi construído, em 1954, um hotel de classe internacional. O novo hotel chamava-se Hotel Boa Viagem, que ficava ao lado da pracinha do mesmo bairro e que hoje não existe mais, dando lugar a um arranha-céu.

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 Poema Boa saudade: Izan Sant
. Fontes do texto: O Recife e Seus Bairros, pág. 269, de Carlos Bezerra Cavalcanti e Fundação Joaquim Nabuco
. Material cedido por Wilton Carvalho, administrador do Recife de Antigamente

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