20 de novembro de 2020

Do Recife a Portugal

Recife. Portugal. Fotografia.

Do Recife a Portugal, mesmo.

Nas sombras do dia cinzento, entre as árvores, os edifícios e os casarões seculares da Rua da Aurora vigiam as águas do rio como quem vigia o amor de alma tranquila... ou melhor: águas serenas. O amor fica sereno quando é admirado.

Recife
Mais um casarão. Mas solitário, distante dos anos em que nasceu, no bairro da Madalena. Resistente. A resistência é uma qualidade da carne e do concreto, do fraco e do forte, do passageiro e do eterno. Por que não ser resistente por aquilo que se quer de verdade?

Recife
Boa Viagem, boa meditação, saúde em alta, cortada pelo azul do céu e coroada pelas palhas de um coqueiro rei. Como um quase tapete (o mar adiante) completando a poesia desse dia. Olhar o mar faz o homem pensar melhor na vida.

Recife
De uma caminhada a uma corrida, os corações se enchem da sede de viver; do desejo pelo ar, que devia ser mais puro; da força do querer estar de bem com o sorriso. Exercitar-se a dois, ô Boa Viagem, não é somente zelo. É, também, troca de energias.

Recife
Impressionantes raízes em uma ruína da Rua da Soledade. Raízes são o quê? Talvez sejam dedos da Natureza querendo tocar o que não podia ter envelhecido. Talvez querendo rejuvenescer o que envelheceu? Talvez acariciando o que lhe foi parceiro, ou amado. Raízes podem ser carinhos.

Recife
Do Recife a Portugal, a Torre de Belém, na deslumbrante Lisboa, foi o cenário do sorriso da nossa fotógrafa (e professora de História). Céu e mar ressurgiram e se fundiram mais um bocado, mostrando que o mundo é um paraíso. Sim, um paradise quando toda a gente o olha com a beleza que traz dentro de si.

Veja, então, um paraíso ao olhar ao seu redor.

Texto exclusivo para  este Blog.

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