@joseluizsanttana
Inicialmente,
no todo de “Ainda Estou Aqui”, que explora de modo sensacional a complexidade
das relações humanas. E nos silêncios entre as falas da personagem Eunice
Paiva, da nossa querida Torres, que expressam emoções diversas, densas e reais.
Em silêncios minimalistas a atriz nos passa a dor que a mãe não quer demonstrar
aos filhos; a desesperança total, quando o investigador lhe diz que ela não
precisa de um advogado; o turbilhão de sufocos dentro de si em vários momentos
da história.
Esses silêncios
de Fernanda atuando falam mais que ela, com certeza porque a personagem clama
por eles e foi tão bem internalizada pela atriz, que eles (os silêncios, é
sempre bom repetir) ajudam a conduzir o desenrolar do enredo.
Mas os diálogos
também, sem dúvida, e a brilhante atuação de Torres – gestos, olhares, o
virar-se, tudo – representam outras “rodas” deste longa-metragem tocante. Vejam
e revejam, pois não dá outro resultado, a não ser o da perfeição.
Enfim, esta não
é uma coluna para falar de mais, é uma coluna que deseja falar pouco, porém o
essencial: que a vencedora do Globo de Ouro 2025 de Melhor Atriz em Drama, o elenco,
a direção, o texto e a equipe
AINDA
ESTÃO
A MIL,
DE MÃOS
DADAS
COM A
FÉ, A FIM
DO OSCAR.
Se ganhar ou
não, já ganharam o troféu maior: o Carinho e o Respeito de diversos povos do
planeta, inclusive, claro, deste colunista que vos fala.
Sucesso, ambas as Fernandas, Walter Salles, Selton Mello, Andrucha, Marcelo Rubens Paiva!
Sucesso a todos de “I'm Still Here”!
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