Logo em seguida
lhe vieram à mente poemas inspirados em Vinícius de Moraes, o qual o
influenciou bastante. Juan — que,
além de baterista como já sabemos, ainda é compositor — escreveu o livro "Rosas, Musas e Poemas. Vinte Anos de Poesias". Tudo isso na ESPECIAL ENTREVISTA.
IZAN SANT – Como despontou a ideia desse interessante livro?
JUAN LIMA – A vida toda
eu sempre criei poemas, alguns eu entregava às mulheres que pediam (vários
perdidos por aí), muitos eu mostrava ao meu pai, que insistia que eu deveria
juntar todos e lançar um livro. Eu relutei muito a fazer, nunca tive em mente
mostrar meus anseios, paranoias e paixões secretas (ou não) às pessoas do meu
círculo. Passados vinte anos de escrita, juntei todos que tinha guardado e fiz
o livro.
IZAN – Tudo é, mesmo, "extremo, definitivo, terminal" dentro de sua visão de mundo?
JUAN – Existem duas
personalidades que transitam dentro de mim: uma polida e social, que é a saída
encontrada para sobreviver num mundo tão distante do que eu imagino. Outra é
terminal, insensata, ansiosa, extrema, até o último suspiro. Esta última, sou
eu.
IZAN – É supercativante o Projeto Formas em Poesias,
paralelo ao seu livro, em parceria com Josy Ventura (foto acima). Por que a atriz para
recitar seus intensos poemas?
JUAN – Josy é uma
querida amiga, uma jovem com a arte entranhada na alma assim como eu. Vivemos
buscando um lugar ao sol no mercado, mercado este que valoriza muito mais o ter
do que o ser, a gratuidade do sexo e as mensagens sem conteúdos são mais fáceis
de digerir.
IZAN – Tem um amor especial por um dos textos de "Rosas, Musas e Poemas"?
JUAN – Sim, o poema interpretado pela
atriz Josy Ventura, chamado: "Se for pra morrer".
(Você assistirá
ao vídeo deste poema no final da entrevista.)
JUAN – Complicado
apontar um como maior, o Brasil, ao longo dos tempos, conheceu diversos poetas
extraordinários, poderia citar aqui, por exemplo: Carlos Drummond de Andrade e
Clarice Lispector, dois gigantes. Mas, o meu preferido é Vinícius de Moraes,
sua relação com a música me fez mais próximo dele.
IZAN – Acha que o livro eletrônico ameaça o impresso?
JUAN – Não. Quem
absorve este tipo de leitura, arte, faz questão do livro em mãos. Mas, o livro
eletrônico ajuda bastante a divulgação do trabalho.
IZAN – Bate-bola! Melhor romance que já
leu?
JUAN – "Memórias
Póstumas de Brás Cubas".
IZAN – Frase máxima marcante em sua vida?
JUAN – "Não há mal
pior que a descrença, mesmo o amor que não compensa, é melhor que a solidão." –
Vinícius de Moraes.
IZAN – Filme espetacular! Algum que recomende?
JUAN – "O voo".
IZAN – Acho que já sei, mas vou perguntar mesmo assim: melhor escritor (a) universal?
JUAN – Vinícius de
Moraes.
IZAN – Amor,
com uma palavra?
JUAN – Insensatez.
IZAN – Família,
também com uma!
JUAN – Alicerce.
IZAN – Algum outro projeto literário futuro?
JUAN – Já comecei a
escrever um outro livro de poemas; este, pensado e com poemas com teor
político e social.
IZAN – Uma mensagem súper do Bem a cada admirador seu e a
cada leitor do Papo!
JUAN – Viva a vida como se ela
amanhã não existisse, faça tudo que pode hoje, mas só faça o bem. A linha que
divide a loucura e a sensatez é muito tênue, não se permita bloquear por
estruturas sociais impostas por séculos em nossa sociedade. Busque sempre seus
sonhos, procurando os espaços ainda não descobertos, faça de seu caminho uma
história que possa ser contada num futuro próximo aos seus entes queridos,
nenhuma maldade vale a pena para se alcançar seus objetivos. Obrigado pelo
carinho.
O
vídeo:
Josy Ventura em Se for pra morrer
Vem Namorar Comigo aqui
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