Sobre Carnaxide, onde ela mora, Tereza é mais poética: “É uma cidade calma, residencial, que me diz muito, gosto de circular nela. Apesar da evolução em 20 anos, tenho muitas recordações... Gosto de estar na minha janela e recuar alguns anos, imaginando cenas boas que me ajudam a sobreviver”.
A sobreviver, pois, passemos à ESPECIAL ENTREVISTA.
MARIA TEREZA BRAZ – O motivo foi a descoberta, por curiosidade. Longe de pensar que eu iria me dedicar à pintura, mas, na base de uma foto ótima, de verdade, que meu avô deixou a meu filho, e ele tinha planos de reconstruir, coisa que infelizmente não aconteceu por ele ter partido, resolvi pintar. E saiu a tela “Sonho”; a partir daí, por incentivo de amigos, minha pintura foi a mote (a mote = foi sendo desenvolvida)! Felizmente descobri minha grande companheira.
MARIA TEREZA – Não querendo ser negativa… acho que igual.
MARIA TEREZA – O conceito de beleza é muito relativo mesmo, tem a ver com nossa sensibilidade diária; o que hoje nos sensibiliza muito, no outro dia pode não ser tão belo, sinto isso. Há dias em que algo que achei belo não me desperta tanta beleza depois; como por questões de sensibilidade, adoro no dia seguinte. Por exemplo, me incentiva a passar para a tela uma simples folha caída. Isto até torna meu dia mais suave, não digo alegre porque alegria é algo que já não faz parte de mim há anos. Essa folha caída que sempre tem seu “quê” de beleza; por vezes, o cair de uma folha me desperta... me dá um clique.
MARIA TEREZA – Uma análise que agradeço e acho bem real: “Suas pinturas são uma sincera caminhada dentro de uma visão peculiar de mundo. A forma de estabelecer elos entre as figuras revela criatividade, na busca das soluções, e inquietação, na procura de alternativas visuais, qualidades essenciais na arte.” De Oscar D’Ambrosio, jornalista e mestre em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da UNESP, ele integra a Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA- Seção Brasil).
MARIA TEREZA – Tudo, desde que diga algo no momento. Por exemplo, tenho exposição que obedece a um tema… ando numa de buscar… ao descobrir, mesmo que falte algum tempo, tenho que pintar logo... Sem tema, é por algo belo que vejo, que sinto ao momento, por isso, em todas as minhas telas, tenho meus sentimentos, que adoro deixar fluírem.
MARIA TEREZA – Tenho várias... mas destaco a “Nota de música” e “Violamenina”, porque são dedicadas a meu filho.
MARIA TEREZA – Agradecimento bem especial, pois sem as pessoas que gostam do meu trabalho nunca teria desenvolvido minha pintura. Bem Hajam!
Grato pela entrevista, Maria Tereza!
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